O PROBLEMA DE DEUS
Isaías 6:8
I a) Teria Deus sido constrangido, por algum fato, ou acontecimento que pudesse Lhe ocasionar algum tipo de problema?
b) Acredito que sim! Deus realmente está enfrentando um grave problema, e nós podemos ajudar ao Senhor a resolver essa situação: quando deixarmos de ser problema para Sua igreja na Terra, e nos tornarmos solução para Deus.
c) Ilustração:
O filho deu um fazendeiro foi criado no campa até os cinco anos de idade, não conhecia ainda o mar. Dona Maria sua avó, foi até aquela região selvática e carregou o inteligente garoto para sua casa que ficava próximo da praia. Era já tarde quando Joãozinho chegou à beira da praia e fascinado vê o mar pela primeira vez. Contempla encantado as ondas, vendo-as rolarem até a praia. "Ele é tão grande, vovó" disse o menino. E ali, com a pá e o balde nas mãos, quedava-se mudo de admiração.
Na manhã seguinte veio correndo à praia. Mas que decepção! A maré descera. As águas do mar estavam longe, muito longe da praia. "Que pena vovó, o mar ter ido embora" disse a garoto. "Não podemos mais entrar nele". Mas, como toda criança, Joãozinho se distraiu e começou a fazer casinhas de areia. Surpreso sentiu que as ondas vieram caminhando ligeiras e chegavam bem próximo dele desmanchando as casinhas que fizera.
– "Vovó, costuma o mar voltar sempre assim, quando vai para longe?" disse o garoto.
– "Sim!" Responde a vovó, "o mar sempre volta para lavar a praia"
d) Vejam, irmãos, nós quando recordamos os triunfos da igreja primitiva, destemida, essencialmente cristã, simbolizada por um lindo cavalo branco, representando pureza, cavalgado por um Ser celestial o Senhor Jesus; "que saiu vitorioso e para vencer" Apocalipse 6:2.
e) À semelhança daquele menino, decepcionado mas deslumbrado, perguntamos: Senhor que aquele Ser coroada e vitorioso, cavalgando a singeleza da pureza, nas asas brancas do amor, cheio de vitória. Será que Ele vai novamente passar por nós?
II a) Saibam irmãos, Deus está preocupado com o grave problema que representamos dentro da Sua igreja que deveria ser: santa, pura, evangélica, sofredora, imaculada e vitoriosa mas que infelizmente lhe traz problemas e decepções.
b) "Muitos na igreja acariciam pensamentos impuros, imaginações ímpias, desejos não santificados e vis paixões. Deus aborrece o fruto produzido em semelhantes árvores. Anjos, puros e santos, olham com aversão o seu procedimentos enquanto Satanás exulta... A transgressão desonra a Deus e amaldiçoa ao homem." Test. Seletos, vol. II, pág. 37.
c) Realmente Deus está certo e o Espírito de Profecia com a razão. Porque na verdade, se fizermos uma análise um pouco mais demorada, verificaremos escandalizados que, muitos de nós se afastaram bastante do caminho.
d)Vejamos:
- 1. Apostasia: Lamentavelmente a vassoura da apostasia está varrendo os departamento das nossas instituições e jogando centenas de fiéis no lixo, no lodo, nas trevas.
- 2. Tristezas e Trevas: Parece que a alegria cristã se tomou num discurso de murmurações e de queixas.
- 3. Idolatria Crescente: Muitos de nós quedam enfeitiçados, e misturados, com a grande multidão da terra, que vive correndo atrás da "deusa matéria": dinheiro, posição, honras mundanas e vaidades.
- 4. "Prazeres" proibidos: A estrada do prazer pecaminoso, está juntada de Adventistas que dançam nas boates e freqüentam assiduamente as orgias.
- 5. Vida cristã desnorteada: É freqüente encontrarmos um grupo de "sabatistas" mesclada com ensinamentos espiritualizados do oriente, buscando tranqüilidade com "sedativas espirituais", satânicos e mortíferos.
- 6. Religião Apática: Pouca vida e pouca atração em nossas horas religiosas, uma multidão de crentes, sem qualquer reação espiritual, assistem aos atos religiosos mais sagrados da Igreja sem qualquer invocação santificadora, assistem a tudo de braços cruzados e olhos sonolentos.
- 7. Enfermidades persistentes: Alguns fraquejam entre nós, amarelos de inveja e cobiça, cheios dos vermes da incredulidade, delirantes de febres, das paixões mais vis e baixas.
- 8. Cegos. Feridos pelo ódio, cultivam a vingança e praticam o revanchismo, facilmente percebidos nas camadas sociais, praticantes dos "princípios religiosos".
e) Alguns podem estar pensando: O senhor pintou um quadro escuro e trevoso. É verdade, mas, infelizmente retrata a realidade vivida pela maioria de nós Adventistas do Sétima Dia. Notem isso irmãos.
f) Quando eu penso na nossa situação espiritual precária e perigosa, eu me imagino sentado ao lado do filho pródigo, lá naquela terra distante, seca e solitária, apascentando porcos famintos. Porque realmente todos nós estamos envolvidos com a salvação ou com a perdição.
g) Ilustremos:
Uma senhora sempre dizia a seu esposo: João, pare de fumar porque você vai acabar morrendo de câncer de pulmão, porque a fumaça do cigarro é venenosa. O João dizia: Eu fumo desde criança, não vai ser agora que eu vou deixar o cigarro. O tempo passou, o seu João conseguiu viver até aos 66 anos e realmente morreu de câncer. O curiosa foi que, poucos anos depois aquela senhora, esposa do seu João também morreu de câncer no pulmão apesar de nunca ter botado um cigarro na boca. O médico da família esclareceu: A fumaça dos muitos cigarros fumados pela seu esposo foi também aspirada pela sua companheira, e causou-lhe a doença e finalmente a morte.
h) Por isso eu disse que eu me sinto sentado ao lado do filho pródigo, empobrecido, sujo, afastado das bênçãos da casa paternal. Sim, irmãos, todas estamos envolvidos e todos precisarmos entender esta realidade.
III a) Seguramente, irmãos, nós somas o problema de Deus, e precisamos partir para a solução. Existe para isso um caminho bem traçado.
b) Vocês já se perguntaram por que teria Jesus contado a parábola do filho pródigo?
c) Resposta: "A parábola do filho pródigo apresenta, em traços claros, o misericordioso amor de Deus para com os que dEle de desviam. Embora tenham abandonado a Deus, Deus não os abandona na miséria. Está cheio de amor e terna compaixão para com todos os que estão expostos às tentações do auspicioso inimigo." Parábolas de Jesus, pág. 198.
d) Eu acredito piamente nisso. Você admite esta verdade?
Eu quero lhes convidar para acompanharmos o segundo capítulo da vida do filho pródigo. Mais que isso: identificarmo-nos com ele e fazer nossa, essa parte decisiva da sua vida moral e espiritual
e) 1. Diz em S. Lucas 15:17 "E, tornando a si", memorável momento! Quando tudo nos decepcionou, nos constrangeu, nos humilhou, empobreceu a nossa experiência cristã, nos distanciou da moral, prejudicou a nossa imagem social econômica e entre animais peçonhentos, no fundo do poço ou abandonado à margem da estrada empoeirada do pecado, ouvimos a voz da razão e despertamos num arrazoado momentâneo, concluímos: "Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão e eu pereço de fome". Quantos se converteram muito depois de mim, estão na casa de Deus e têm fartura de pão, são cheios de fé e boas obras, produzem frutos para a vida eterna e eu "pereço de fome?"
2. Decido: "Levantar-me-ei e irei ter com o meu pai". v. 18. Quando nós nos levantamos da lama e começamos a jornada de volta à casa de Deus, aos princípios fundamentais da nossa fé e crença; não importa se as nossas roupas estavam sujas, se o nosso corpo fatigado, seminu e doente, continuemos cm direção ao lar, porque o amor vai à nossa frente e na retaguarda o Espírito de Deus nos circunda.
3.1. Continuando, diz o filho pródigo: "e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o Céu e perante ti, já não sou digno". No arrependimento verdadeiro, as palavras procedem da alma, entram no coração e espontaneamente afloram nos lábios. O reconhecimento do mal e a tomada da decisão traz o arrependimento". "Contra Ti, sim contra Ti pequei, apaga as minhas transgressões, não me lances fora da Tua presença, não retira de mim o Teu Espírito Santo", assim suplicava um Davi arrependido, um filho pródigo levantado do meio das trevas, um Pedro consternado.
3.2. Notem: um irmão Adventista jogado num hospital de tuberculosos, ao me ver emocionado, disse: "Pastor, eu estou aqui neste lugar, caído fisicamente nesta cama, mas a minha alma já sarou, eu sozinho no meio de tantos doentes, eu recapitulei a minha vida, as oportunidades desperdiçadas; mas hoje, eu, arrependido, encontrei o meu Deus, e me disse: leia para mim o Salmo 32.
3.3. Eu discorri todo aquele Salmo para ele. No versos eu li: "Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu, confessarei ao Senhoras minhas transgressões e Tu perdoaste a maldade do meu pecado". A essa altura da leitura as lágrimas da gratidão pelo perdão corriam dos olhos daquele enfermo, e com alegria ele ia dizendo: "Graças a Deus! Graças a Deus! Graças a Deus!"
4.1. O quarto ato desta emocionante par bola, é a impressionante cena, descrita, de forma grandiosa pelo Mestre.
4.2. De um lado o Deus Pai, amoroso e perdoador, esperando o momento de encontrar o filho arrependido.
4.3. De outro lado, o filho da Terra, cabisbaixo, sinceramente arrependido, esperançoso do perdão do pai, que ele tanto ofendera.
4.4. O inesquecível momento quando os braços arrependidos se estendem, em direção dos braços do perdão. "A misericórdia e a verdade se encontram, a justiça e a paz se beijaram" Salmo 85:10.
4.5. Diz S. Lucas 15:20: "E, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, se moveu de íntima compaixão, e correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou". Verificando a situação andrajosa do filho, despiu o seu próprio manto e cobriu as vergonhas do filho arrependido.
4.6. O jovem estarrecido participa da alegria do pai, pela sua completa recuperação. "Trazei o melhor vestido, ponde-lhe um anel na mão e alparcas nos pés". A melhor comida, uma grande festa o motivo é dado também.
4.7. "Porque este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se." V.24.
4.8. Essa comovente parábola, repito, não teria nenhum sentido se não tivesse esse capítulo: o encontro do transgressor com o Salvador, da necessidade com o recurso, do arrependimento com o perdão.
4.9. O renomado teólogo Karl Barth ministrava impressionantes cursos de alta teologia; conhecimentos profundos dos princípios sociais, culturais e espirituais; os alunos de boca aberta, pareciam comer as mensagens ensinadas pelo formoso mestre.
4.10. Um dos seus alunos, o mais inteligente da turma, entusiasmado com tanta ciência e conhecimento, interrogou o velho e experiente professor, dizendo: "Grande mestre, professor Karl Barth, qual o pensamento mais profundo que já lhe entrou na mente?" Depois de um momento de reflexão, o Dr. Barth respondeu: "O mais profundo pensamento que conheci até agora, é a simples verdade que diz: Jesus me ama e eu o sei, porque a Bíblia me diz."
IV a) Concluindo: Se hoje você ouviu a voz de Deus lhe dizendo: "A quem enviarei, e quem há de ir por nós? (Pela Santíssima Trindade), você quer dizer: "Eis-me aqui, envia-me a mim?" Isa. 6:8.
b) "Deus quer munir-nos de energia sobre-humana e avançar com Sua igreja para convencer o mundo do pecado" Evangelismo, 616.
c) Deus vai primeiramente nos vestir de Sua misericórdia, colocar na nossa mão o anel de Sua autoridade e poder. Nos nossos pés as sandálias da humildade e perdão. Alimentar-nos com o Cordeiro de Deus e a força da Sua Palavra.
Meu irmão, você quer isso? Eu quero, eu desejo, eu clamo a Deus para receber isso. Você quer se unir a mim?
Para eu e você atingirmos juntos ao apelo da Trindade, as metas divinas, oremos juntos eu, você e a igreja.
d) Nós queremos, no próximo assunto, tratar do "homem que Deus pode usar". Deve ser alguns de nós. Venham no dia ____ Vamos estudar juntos.
Nota: Não se esqueça, amigo pregador, façamos destes temas um poderoso curso com decisões em cada assunto. Levemos a igreja a tomar um compromisso sério com Deus e o Seu trabalho.