OS SETE MIL DE HOJE
OS SETE MIL DE HOJE

OS  SETE  MIL  DE  HOJE

 

I Reis 19:18

 

I a) Acabe reinou em Israel por 22 anos, era casado com a rainha Jezabel, ímpia e idólatra, filha de Tiro, cidade portuária, situada dentro de uma ilha do Mediterrâneo.

b) Jezabel a fanática devota de Baal e Astarote, divindades essas radicadas em Israel, com a conivência do negligente rei de Israel Acabe.

c) Aquela ímpia e corrompida rainha, material e espiritual, se comprazia, deleitava em instigar o seu marido às práticas pecaminosas, inclusive a se tornar o maior provocador dos Céus. "Também Acabe ... cometeu mais abominações para irritar ao Senhor, Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele." I Reis 16:33.

d) O profeta Elias (cujo nome significa Jeová Deus) aparece na vida de Acabe, o apostatado rei, exatamente quando Jezabel, a idólatra rainha conseguiu substituir o culto e os sacrifícios do Senhor na corte real pela efêmera adoração de Baal e Astarote, deuses pagãos.

e) Elias repreendeu Acabe apontando a apostasia de sua corte, acompanhada da rebeldia de Israel. Anunciou ao rei o castigo de Deus, retendo as chuvas durante uma angustiante seca de três anos e seis meses (1 Reis 17:1).

 

II a) Terminado o período de castigo e severa repreensão ao reinado de Acabe, Elias que durante todo esse período foi procurado, reaparece propondo ao rei e aos israelitas colocar Jeová o verdadeiro Deus e Baal o falso deus à prova.

h) A proposta se daria justamente no campo religioso, no principal sistema de culto comum ao Deus Jeová e ao deus Baal.

c) Dois altares seriam preparados com os devidos sacrifícios de dois bezerros, colocados em cima da lenha, previamente ordenada. Não poderia, no entanto, fazer uso do fogo, que deveria consumir o holocausto.

d) Exatamente aí estaria a diferença, o âmago (essência) da proposta: "... e há de ser que o deus que responder por fogo esse é que é Deus." 1 Reis 18: 24, disse Elias.

e) Os 450 profetas de Baal e a "torcida"; a minaria do povo israelita apresentou o seu culto em cima do Monte Carmelo, diante do seu altar, com o sacrifício sobre a lenha. E por mais de dez horas seguidas invocaram ao deus Baal, debaixo das alfinetadas do Profeta de Deus – Elias.

f) Exaustos, massacrados e envergonhados, os falsos profetas aos poucos silenciaram-se. Cansados foram-se entregando ao desânimo. Desejavam agora ouvir o que Elias iria dizer e fazer.

g) O profeta do Senhor Jeová, sai do seu lugar, assume a direção das massas presentes e convoca o povo. Era exata a hora do sacrifício da tarde, exato quando todos deveriam em espírito adorar e louvar ao Senhor, prática essa esquecida há muito por Israel.

h) Então Elias disse ao povo: "Chegai-vos a mim". E com o povo ao seu redor "reparou o altar do Senhor que estava quebrado", colocou doze pedras e formou o altar, ordenou a lenha e o sacrifício sobre o altar. Mandou despejar muitos cântaros de água sobre o altar de forma que corriam do holocausto para as valas abertas ao redor do sacrifício.

i) Cheio de fé, Elias invocou a presença do Senhor, que caiu sobre o altar como poderoso raio, queimou o sacrifício, as pedras e também toda a água depositada nas valas ao redor do altar.

j) O povo finalmente reconheceu que só o Senhor é Deus e tem poder para responder aos Seus servos quando diligentemente O buscam.

k) Elias aproveitou a especial manifestação do Senhor e ordenou ao povo a morte de todos os profetas de Baal, próximo ao riacho de Quisom. Isto posto, Elias se retirou e fugiu da presença da ímpia rainha Jezabel.

l) Distante de tudo e de todos, Elias, viajante de quarenta dias e noites, viu-se frente ao Monte Horebe; como já era noite entrou numa caverna para dormir.

m) No dia seguinte com muita insistência da parte de Deus, Elias conversa com o Senhor, e mais uma vez repete toda a sua mágoa e dor perante a Deus "tenho sido muito zeloso pelo Senhor", Israel derruba, mata e persegue "e eu fiquei só, e buscam a minha vida para me tirarem."

h) Prestem muita atenção agora a resposta de Deus.

Leiamos 1 Reis 19:18: "Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou."

i) Cegado pelo zelo, cansado de ser alvo de perseguições, temendo as ameaças da corte, Elias imaginou-se só, esquecido entre um povo rebelde, apostatados dos caminhos de Jeová.

j) Quando os nossos pensamentos negativos conseguem crescer mais do que a nossa vontade, começam a sufocar a nossa razão, e destruir os nossos bons sentimentos, a nossa visão espiritual diminui ao ponto de começarmos a tropeçar em tudo e em todos, até imaginar-mos ter ficado só, e ameaçados de morte.

k) Não conseguindo mais visualizar o horizonte distante, perdemo-nos em nós mesmos, em homens e os nossos semelhantes, "vemo-los como árvores que caminham" e nos ameaçam.

l) Restando apenas os Céus sobre o nosso ser constrangido e frustado, e nós num misto de desespero e justiça própria, exclamamos como Elias: "Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais." 1 Reis 19:4.

m) O Criador e Mantenedor do Universo, conhecedor dos verdadeiros e reais motivos da alma solitária e desanimada, responde com testemunhas vivos e concretos de milagres de seres também humanos, e sujeitos a tudo e todos a nossa semelhança, "tenho ainda sete mil".

n) "Assim diz o Senhor", não homens e profetas, que vivem saltitando entre a Terra e o Céu, entre a coragem e a covardia, entre a fé e a descrença.

"O Senhor dos exércitos é o Seu nome", o examinador do âmago das intenções, o conhecedor de todas as vontades em todo o universo. Eu sei as tuas obras."

a) Deus conhece os sete mil, os 144 mil, os dez milhões de fiéis, que ontem, hoje e amanhã, que não dobrarão os seu joelhos diante do altar do prazer de Baal, e não beijarão a túnica escarlata da religião prostituída, dos ensinamentos falsificados e distribuídos em dose própria, para simplórios da fé, neuróticos espirituais e fanáticos religiosos.

p) "O senhor conhece os que são Seus", os que trilham a caminhada da paz num mundo de guerras, que vivem pela fé no meia de incrédulos e profanos, que estão caminhando para os Céus, atravessando os pântanos da dúvida e da incerteza fizeram em Cristo a sua fortaleza, e no Senhor o seu sustento

q) Margarete, uma tecelã de Lowell, Massachusetts, ganhava cento e poucos dólares por mês, mas era tão fiel e esperançosa no Senhor, que por mais de trinta anos sustentou quatro pregadores indianos. Ela vivia humildemente num sótão pequeno e quente, com bastante pobreza e necessidades, mas nunca deixou de enviar os recursos a esses quatro pregadores no estrangeiro.

 

II Não nos esqueçamos:

a) A nossa fé será fortemente provada;

b) Nosso evangelho terrivelmente contestado;

c) Nossos princípios serão ridicularizados pela maioria;

d) Nossas propriedades serão confiscadas;

e) A nossa comodidade e bens particulares serão levados;

f) A nossa integridade física, moral e espiritual será ameaçada de morte. Vem a hora que, quem nos tentar matar, crê estar prestando serviço a Deus.

g) À semelhança dos sete mil de Israel, dos trezentos de Gideão, o verdadeiro povo do verdadeiro Deus, não se curva jamais, porque imbuídos do Espírito de Cristo eles "consideram tudo como nada".

Para os sete mil de hoje:

  1. Os prazeres mundanos são futilidades;
  2. Os vícios, loucura dos demônios;
  3. O ganho fácil, laços das trevas;
  4. As provocações e insinuações do sexo barato, são reflexo da fraqueza e pobreza da alma.
  5. A mentira, para os sete mil de hoje, representa a covardia e a debilidade espiritual, frutos da imaginação doente.

 

h) Para as sete mil de hoje:

  1. Quando faltar caminho eles seguirão pela fé;
  2. Quando faltar o alimento, eles comerão o maná do campo na madrugada;
  3. Quando forem acuados e cercados pelos inimigos, os perseguidores cairão por terra, dado o brilho do seus olhos, e o esplendor do seu rosto.
  4. Quando as pestes e as enfermidades contagiarem a todos os moradores da Terra e mil cair de um lado e dez mil de outro lado, esses sete mil de hoje, eles não sofrerão nenhum dano, somente olharão e verão a recompensa dos ímpios.

 

III a) A esta altura do nosso assunto, eu quero fazer uma pergunta muito séria, que se reveste de um profundo significado, eu gostaria que você desse uma resposta consciente, sensata e decisiva.

b) O prezado irmão que conhece a verdade, que compreende a vontade de Deus para essa época, que estuda a Bíblia e o Espírito de Profecia, não quer fazer parte também destes "sete mil de hoje?"

c) Medite demoradamente neste símbolo, procura entender as palavras de Deus a Elias: "Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou." I Reis 19:18.

d) Você quer se juntar a mim para essa conquista, quer também compor o vitorioso exército de Cristo para, como bom soldado sofrer os combates da fé, e as lutas da esperança da Paz? Eu quero hoje mais do que nunca declarar que desejo continuar nesse grupo dos sete mil de hoje. E você, quer também o mesmo?

e) Eu quero terminar relatando uma experiência que assisti em uma das nossas lanchas missionárias. Nós viajávamos em direção de um pequeno povoado, era uma pequenina cidade do distante interior mineiro. Antes de passarmos por esse lugarejo e seguirmos adiante, o capitão da lancha Luminar disse: "Vamos atracar naquela margem."

Parado o barco, nós subimos o barranco e chegamos a uma humilde casa coberta de capim. A nossa irmã veio correndo nos encontrar; ela ficou enfrente a cerca que circundava a sua casa e pediu para entrarmos. "Hoje é sexta-feira, não é irmão Fulano?" "É sim, respondemos, "é isso mesmo." Ela não sabe ler e mora sozinha parque a lepra tomou conta dela. Mas o terreiro em volta da casa estava varrido, as panelinhas limpas em cima de um pano branco preso à parede. "Como a senhora sabe que hoje é sexta-feira e amanhã é sábado?" "Eu coloco um sinal com carvão num certo lugar, e quando chega no sexto sinal é sexta-feira, o próximo é sábado. Assim eu me preparo."

Ela continuou: "Dias atrás eu estava dormindo e os ratos comeram os dois últimos dedos que me restavam. Só ficaram esses tocos de dedos." Ela estendeu as duas mãos e apertou primeiro o pão da Santa Ceia; depois apertou com as mãos o cálice e tomou a representação do sangue de Cristo. Ela contou que os rapazes beatos da cidade por várias noites cercaram a casa dela e diziam que eram os demônios e que ela seria levada para o seu inferno a qualquer instante se continuasse como protestante, porque os protestantes são filhos de Satanás.

"Eu estou com Jesus! Eu sou de Jesus! A Igreja Adventista é de Jesus! Então eu digo: afastem-se, demônios. Voltem para suas habitações. Eu sou de Jesus!", dizia Ela.

E insistindo eles, diziam: "Se você não deixar de ser protestante, a qualquer hora vamos carregá-la para o inferno!"

"Vocês são mentirosos, porque o inferno não existe ainda..."

E assim essa querida irmã, tentada, sozinha e ameaçada, com o cuidado dos anjos, resistiu aquela turba de homens-demônios e continuou até o fim de sua existência no grupo daqueles que não se inclinaram ante Baal e nem beijou as vestes de qualquer santo, senão Jesus, o seu Salvador pessoal.

 

Você quer se unir à essa fiel serva de Deus e àqueles que irão resistir até o fim?