REPREENSÃO  E  CASTIGO!  POR  QUÊ?

Apocalipse 3:19

I a) A história dos filhos de Deus na Terra está toda pautada: amor, misericórdia, graça, auxílio material e espiritual, proveniente do Pai das Luzes.

b) Dependendo em regra dos relacionamentos que os filhos de Deus mantêm com a Trindade Celeste. Havendo falhas serão repreendidas, havendo pecados, serão castigados.

c) Sendo Deus essencialmente bom, e perfeitamente justo, seus atos sempre estarão revestidos de justiça e misericórdia.

d) Jesus disse uma ocasião: "Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?" Luc.18:7-8

e) Ao patriarca Abraão foi feita a promessa: "Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem." Gên.12:3.

f) "Todo o Céu está interessado em nossa salvação". RH 04.09-1883. Sendo isto verdade, nós carecemos receber da parte de Deus, ensinamentos, orientações e avisos que poderão nos vir em forma de repreensão e até castigos.

g) Paulo ensinava: "O Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe." (Heb. 12:6). E S. João completa. "Eu repreendo e disciplino a quantos amo." Apoc.3:19.

II a) Nós comprovamos isso em toda a história dos filhos de Deus. Vejam: Israel sempre contou com o auxílio divino nos seus mais cruciantes momentos. Os profetas apareciam e anunciava o LIVRAMENTO proveniente de Deus. E Isaías lhes disse: "Assim diz o SENHOR: Não temas por causa das palavras que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria blasfemaram de mim." "Então, naquela mesma noite, saiu o Anjo do SENHOR e feriu, no arraial dos assírios, cento e oitenta e cinco mil." II Reis 19:6, 35.

b) Enquanto procedemos com eqüidade e justiça, teremos a garantia Divina. Quando negligenciamos princípios e ofuscarmos verdades, seremos advertidos e até repreendidos por Deus.

c) Quando reincidimos na transgressão de normas e pisamos princípios fundamentais da nossa fé, podemos ser punidos com os castigos dos Céus.

d) Vejam: Mahatma Gandhi, era um homem bastante humilde, apesar de ser admirado e cantado por milhões de hindus. Certa vez, viajava de terceira classe num trem, e não foi identificado por nenhum daqueles passageiros. Um jovem que viajava no mesmo carro do trem aonde estava Gandhi cuspia constantemente no assoalho. O velho e admirado líder, disse ao rapaz aquilo ser um mau costume e representa um perigo para a saúde pública.

O jovem exasperado disse: - Trate das suas próprias coisas. Quem é você que assim atreve a corrigir-me?

E continuou praticando seu costume anti-higiênico. Gandhi nada mais disse. Minutos depois aquele homem, tomando sua guitarra, começou a cantar uma canção popular em honra a Gandhi. Quando chegaram a última estação onde todos os passageiros desceram, grande multidão esperava o líder Gandhi. Então o indivíduo percebeu logo que a pessoa a quem molestara tão grandemente durante a viagem era o grande herói nacional. Envergonhado prostra-se diante de Gandhi, e suplica-lhe que o perdoasse.

– Nada tenho que perdoar-lhe respondeu o herói – mas vejo que és um daqueles que não praticam o que eu aconselho, e todavia cantam hinos ao meu louvor. A minha repreensão é para o seu próprio benefício, e para o bem do nosso povo.

e) "Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça." Hebreus 12:11.

f) Quando somos advertidos por Deus, pelos Seus servos, pela Sua santa igreja, por negligenciarmos as nossas responsabilidades e nos desviamos dos saudáveis ensinamentos do Espírito do Senhor e praticamos atos discordantes com a profissão da nossa fé, e recebemos a repreensão, muitos de nós reagimos descontentes e tornamo-nos amargurados.

g) No entanto, os frutos são pacíficos, nós os produzimos no silêncio da nossa consciência, no âmago das nossas conclusões; esses efeitos são eternos

h) O nosso rosto refletirá a conclusão da nossa alma. Os traços da nossa convicção e a força da nossa vontade evangélica são os frutos pacíficos do espírito.

I a) Perguntou-se ao famoso pintor Norman Rockwell, como ele conseguia infundir tanta vida nas pinturas das pessoas. "Eu não gosto de pintar rostos de moças bonecas. Ele queria dizer, rostos lisos, maquiados, sem apresentar as rugas do tempo. Eu escolho para os meus modelos, fisionomias expressivas, faces com linhas marcantes das lutas, dos embates do viver. Eu gosto de retratar as feições de senhoras com sinais de vitória".

b) Meus irmãos, não existem cristãos sem as marcas no rosto das lutas, sem os sulcos, na sua face cristã; sem os traços marcantes das tentações, vencidas do eu condenado, da vontade mergulhada na eternidade, sem lágrimas escorridas pela fé! Não existe cristão sem o nome do Senhor gravado nas suas testas. Apoc. 22.4.

III a) O testemunho da Testemunha fiel e verdadeira, é um aviso de arrependimento. "Sê pois zeloso e arrepende-te". Apoc. 3:19.Jesus apela a Sua igreja; Jesus apela a cada membro do Seu povo, a fim de que entendam quão necessário é exercer o zelo cristão, para definir o seu próprio caminho, descobrir a sua própria intenção. E uma vez percebido o verdadeiro sentido corrigirmos a nossa rota religiosa.

b) Existem duas principais manifestações apresentadas pelos militantes da igreja remanescente ao serem repreendidos:

1. Alguns se rebelam e se retraem numa concha de ressentimento e amargura, quando a opressiva mão das aflições repousam sobre eles. Jonas ficou irrazoavelmente ressentido e desanimado solicitou a morte. Hoje há um número elevado de laodiceanos, mornos, condescendentes nas provas espirituais.

2. Muitos se esquecem de que o processo de modelagem e maturação não é normalmente agradável – pode deixar feridas, e estas podem durar anos. Mas se acatadas com amor produzirão frutos pacíficos para a vida eterna.

3. Outros aceitam de bom grado a repreensão e suportam o castigo na intenção de purgar-se dos malefícios apanhados nas trevas. Davi atingido pelas enfermidades da carne e do espírito humilhou-se: "Por pão tenho comido cinza e misturado com lágrimas a minha bebida." Sal. 102:9. Recuperado, deixou registrado o seu louvor ao Senhor.

c) Vejam meus irmãos: Havendo reconhecimento da culpa, aparece o arrependimento, que gera a necessidade do perdão precedido pela sincera confissão. Sem perdão não há salvação.

1. O perdão é a misericórdia de Deus aceita pelo pecador contristado. Em 1829, George Wilson assaltou um carro do correio nos Estados Unidos da América do Norte sendo condenado à marte por enforcamento. Vinte dias antes da data da sentença, Andrew Jackson, presidente da República usando um direito que lhe era concedido pela constituição americana, perdoou a George Wilson. Todavia, aquele cidadão recusou o perdão desejando mesmo ser enforcado.

O caso ficou famoso e foi levado ao Supremo Tribunal Federal, cuja decisão foi essa: "A comutação da pena é um ato de graça, que emana da Fonte que faz as leis do país e que livra um culpado do castigo que a lei impõe a quem comete crime. A comutação da pena tem força legal, somente quando é aceita. Se o perdão foi rejeitado, não há força legal que possa obrigar o culpado a aceitar a comutação pena." Diante disso, George Wilson foi enforcado.

d) Jesus aparece cheio de misericórdia e amor batendo à porta do coração humano desejoso de entrar para habitar aquela casa. Unicamente aqueles que estão dispostos a sacrificar tudo pela vida eterna a possuirão, porém ela vale a pena que se sofra por ela, merece a crucificação do próprio eu e o sacrifício de todo ídolo. "O inexcedível peso de glória sobrepujará todo tesouro terrestre e eclipsará toda atração terrena". – RH 04/09/1883.

e) Quando Deus nos der um "murro na cabeça" que nos deixará desacordados, não estranharemos; aquilo é o meio que foi usado para nos tirar das águas perigosas.

f) Um jovem debatia-se nas águas prestes a afogar-se. Um amigo saltou e atravessando a forte corrente, nadou até o rapaz que afogava. O afogado ficou cheio de esperança de ser salvo, porque confiava na força do seu amigo, mas ficou desapontado quando o conhecido chegou perto dele e deu-lhe um forte murro na cabeça deixando o colega desacordado. Quando eles chegaram até a praia, o rapaz quase afogado voltou a si e perguntou: "Por que você me deu aquele forte murro na cabeça?" Respondeu o seu salvador: "Eu tive que fazê-lo para o salvar".

IV a) Disse Ward Beecher: "Alguns têm flutuado no mar, levados pelas dificuldades, com a cortiça vaga na superfície das águas.

b) Outros têm ido ao fundo imediatamente como um navio que soçobra.

c) Outros têm fugido à reflexão, encolhendo-se em estóica indiferença.

d) Outros têm suportado como uma árvore que sofre o ferimento, até que a casca cresça e cubra a velha brecha.

e) Uns poucos em cada geração, têm dominada a divina arte de deter a tristeza e as dificuldades na conta de alimento maravilhoso, ou como umas roupagens invisíveis que os revestissem de forças, ou uma misteriosa satisfação, de modo que sofram com alegria regozijando-se nas enfermidades e erguendo a cabeça toda vez que os tempos são escuras aflições que privam os olhos da paz, a fim de que possam, pela fé, ver coisas mais nobres do que as facultadas pela vista".

b) O evangelista Spurgeon disse certa vez: "O Senhor atira os Seus melhores soldados nos altiplanos da aflição".

c) Não se esqueça meu prezado companheiro de jornada, na nossa frente está Alguém que possui "todo o poder" de um Deus, toda a força de um Santo, toda a experiência de um homem vitorioso. Todas as riquezas de um poderoso reino. Toda a sabedoria do Universo. Possuidor do amor eterno, da glória infinda, da graça permanente, da felicidade perene, mas não se esqueça também que Ele ama e castiga a todos os que chama para ser Seu filho. Para purificá-los e adequá-los a fim de que assumam para sempre as responsabilidades eternas e se tornem "reis e sacerdotes do Seu reino". Apoc. 1:6.

d) Eu quero vos convidar hoje, em nome desse "Todo Poderoso ser", a entrarem para as fileiras dos viajores da eternidade. Você aceita? Amém.