A VELHICE DA TERRA (PARTE I)
A VELHICE DA TERRA (PARTE I)

A  VELHICE  DA  TERRA  (PARTE I)

 

Isaías 24:4-6.

I a) Disse alguém: "A velhice é uma quase morte, assim como o crepúsculo vespertino é uma quase noite."

b) No texto bíblico escrito pelo profeta Isaías que acabamos de ler, está profetizado a velhice da Terra sem dúvida. O nosso milenar planeta está atingindo a sua idade máxima em pecado e transgressões.

c) A envelhecida mãe-Terra "pranteia e se murcha". As suas colunas estão carcomidas, quase rompidas pelas periódicas maldições recebidas através dos seus seis milênios de desobediência.

d) À semelhança daquela velha loba que vagueia pelas regiões geladas nas suas cheias, em busca de mais um inexistente abrigo. Desprezada pelos seus filhos vorazes que murcharam, egoisticamente, todas as suas tetas, sugando, desrespeitosamente, o seu último e nutritivo leite.

e) Reclama a mãe-Terra, envelhecida e murcha, a agressão desordenada ao seu ventre, retirando de seus tesouros milhões de barris de combustíveis e irresponsavelmente queimando para macular o seu manto azul, que desde o princípio a envolve.

f) Não satisfeitos, derramaram por vingança nas suas vestes marítimas, outras tantas toneladas do mesmo petróleo, sacrificando os seus adornos de aves e peixes.

g) Reclama a mãe-Terra a destruição de muitos quilômetros de seus belos cabelos verdes, ornamento e beleza desde a sua criação.

h) Soluça a velha terra a sua virgindade original, quando animais e homens reunidos prestavam-lhe a devida honra e cantavam as suas virtudes.

i) Hoje, com seus olhos de águas comprometidas, com suas nascentes contaminadas, sente-se envolvida por um grande lençol de sujeira e podridão.

j) Ferida pelos mais desastrosos vírus existentes, espera a hora da sua condenação, já prevista por um santo de nome Pedro:

"Os Céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há, se queimarão." (II Ped. 3:10).

 

II a) É muito importante entender que o mesmo profeta vaticinou o futuro dos irreverentes filhos da Terra. A maldição que a consumirá, será também para com os seus habitantes. "Por isso serão queimados os moradores da Terra, e poucos homens restarão." (Isaías 24:6).

b) Os conseqüentes motivos que denunciaram a atitude transgressora dos homens são também mencionados pelo profeta Isaías em Isa. 24:5: Porquanto transgridem as leis, violam os estatutos e quebram a aliança eterna.

c) Essa ação agressiva dos filhos da Terra, transgredindo, mudando e quebrando normas estabelecidas pelo Criador e Mantenedor da mãe-Terra, é que provocam a ira do Eterno e a conseqüente condenação de mãe e filhos da Terra.

d) O que os humanos esqueceram é que a Terra, os homens "e tudo o que nela há", foram criados por leis justas, por princípios exatos, por normas perfeitas e imutáveis.

1. O Todo-Poderoso, Arquiteto do universo, colocou em toda a Criação as Suas impressões digitais, transferindo para os homens princípios sadios.

2. Estes princípios são úteis para a vida material, normas eternas de justiça e de comportamento social, criadas por Ele mesmo.

3. E isto refletiu na alma humana a Sua santidade e graça.

e) A quebra dessa aliança (ou compromisso de viver esses princípios), colocou os homens debaixo da maldição, consumidos pelo temor, atacados pelas doenças e comidos pelos vermes da terra, também comprometida com as desgraças humanas.

 

III a) O mesmo profeta Isaías previu o número de pessoas que estariam livres das sentenças condenatórias, que cairão sobre a Terra sem piedade e destruirão os homens: "Por isso serão queimados os moradores da Terra, e poucos homens restarão."(Isaías:6).

b) Outro profeta, João, disse: "(...) cujo número [dos perdidos] é como a areia do mar", e ainda: "desceu fogo do céu e os devorou". (Apocalipse 20:8 e 9).

c) Posteriormente, Jesus confirmou essa triste realidade: "Porque muitos serão chamados, mas poucos escolhidos." (Mateus 22:14).

d) Talvez muitos de nós gostaríamos de saber o verdadeiro motivo que causou a desqualificação e a conseqüente condenação da esmagadora maioria das criaturas da Terra!

 

IV a) Para entendermos bem o verdadeiro motivo, ou os vários motivos que levam à queda de seres inteligentes, atentemos para o seguinte: 

1. A perfeição foi criada por Deus e transmitida aos seres racionais. É de responsabilidade de cada um deles mantê-la dentro de seu livre-arbítrio. (Ezequiel 28:15);

2. O grande vilão, o atacante da perfeição na sua primeira fase e a dúvida, foi o primeiro pecado de Lúcifer. "Não se firmou na verdade." (João 8:44);

3. Mensagens carnais ou espirituais do mundo exterior, ou da nossa própria imaginação, são derramadas fervendo dentro de nossas paixões, despertando a nossa vontade desorientada, cegando a nossa razão e nos levando ao desejo de praticar atos, por vezes os mais desastrosos, na intenção de satisfazer um prazer oculto, uma vontade mórbida, ou um complexo escondido dentro da alma. Daí nascer a corrupção, a transgressão e gerar o pecado;

 

4. A delinqüência, portanto, está presa a três fatos marcantes:

4.1. Os ataques do diabo produzindo dúvida: "Foi assim que Deus disse ...?" (Gênesis. 3:1). O "está escrito" (Mateus 4:4) é esquecido, porque pontos difíceis de entender, torcidos são o que levam á perdição. (II Pedro 3:16);

4.2. Os ataques do mundo. Fortíssimas sugestões pecaminosas. Davi, a grande rei, assistiu a uma descuidadosa senhora tomando banho e, desnorteado pelas paixões, cometeu um homicídio e um adultério. (II Samuel 11:2).

4.3. Os ataques das tendências próprias, gerando atitudes desordenadas.

4.3.1. Moral equivocada. É comum buscar a felicidade nos prazeres, quando o deleite está exatamente no prazer da felicidade. Toda inversão de valores causa a morte na consciência e o descrédito na razão.

5. Temos ainda a considerar que a luta pela sobrevivência, por vezes, nos coloca num campo de combates cruéis, num deserto de areias movediças, em sérias encruzilhadas, "entre a cruz e a espada", quando decisões das mais fantásticas são geradas com reflexos, em muitos casos, para o resto da vida, ou para o destino da morte.

5.1. A necessidade, a pobreza, a fome, a falta do necessário para o sustento da vida é o mais forte, o mais poderoso, o mais absoluto império que, despoticamente, domina sobre todos os que vivem.

5.2. Quantas vezes a graça e a beleza curvam-se diante do pão. "Lindas borboletas acabam debaixo de chapéus velhos."

5.3. Em outras ocasiões, jovens varonis, cobertos de talentos e sabedoria se tornam escravos do vil metal, dependentes de drogas, habituais da prostituição, ou ainda servos do fanatismo religioso, participantes de loucas correntes de doutrinas demoníacas, que embalam milhões de pobres e desorientadas criaturas.

 

V a) No Livro das Revelações, encontramos o mais poderoso segredo para atingir vitórias sobre a corrupção do mundo, da carne e do espírito. "E eles venceram pelo sangue do Cordeiro." (Apoc. 12:11).

b) "O Senhor olha com o mais profundo interesse a cada alma que luta. Ele ama a cada uma. Se não fosse assim, Ele jamais teria dado Seu Filho unigênito para morrer por nós.

c) "O Senhor ajudará a todos os que fizerem o melhor possível, andando humildemente com Deus. Animemo-nos a crer que temos um braço poderoso, o qual nos apóia; e que, enquanto continuarmos na força de Cristo, não podemos desonrar a Deus. Estamos em prova agora, mas em cada teste, tornemos manifestos a todos os que nos cercam que estamos ao lado do Senhor." MS (1911). Enquanto Deus caminha com você lado a lado na estrada da verdade, no caminho da justiça, nas veredas da caridade, amorosamente lhe ensina o viver saudável, os mistérios do amor, a adequação (qualificada) para habitar a nossa Terra.

e) Não muito distante, pisando a mesma Terra, caminham juntos homens e demônios freqüentadores das feiras da vaidade. Nessa funesta e perdida jornada, trocam seus tesouros por terríveis enfermidades.

1. Donzelas e mancebos vendendo toda honra por um prato de lentilha nos clubes de perdidos e achados; milhões de carnavalescos lamentam as suas fantasias destruídas pelas traças; virtudes perdidas nas folias; a fé levada pela fumaça dos vícios; o amor chorando nas calçadas e o empobrecimento das almas secas de horror.

2. Como se não bastassem tanto desrespeito e horror perante Deus, aparecem os hipócritas líderes religiosos, aplaudindo por propinas, todo ato impenitente, toda blasfêmia e ofensa contra os Céus;

3. Essa classe de "homens-guias", "cegos da fé falida", imaginam habitar as fronteiras do Eterno, arvorando o pendão de Satanás.

4. Nos faz lembrar aquele fato curioso, ocorrido durante a guerra civil dos Estado Unidos. Aqueles estados que ficavam na fronteira tentaram um artificio funesto. Tinham as bandeiras dos dais exércitos e, conforme a situação do momento, içavam uma ou outra e davam vivas a um ou outro exército. Sabem como tudo terminou? Foram desprezados por ambos os exércitos e suas casas foram arrasadas.

5. Os guias cegos "cairão na mesma cova." disse Jesus (Mat. 15:14). "Essa gente desprezível, falsários da verdade, serão consumidas na terra condenada, no grande dia do acerto final."

 

VI a) Nós mencionamos de passagem neste assunta, as palavras de Pedro: "A Terra e as obras que nela há se queimarão" II Pedro 3:10.

b) No verso 11, o santo apóstolo acrescentou o conselho: "Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade."

c) No verso 12: "Esperando e apressando a vinda do Dia de Deus"

d) No verso 13: "Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça."

e) Eu gostaria de acrescentar às palavras de Pedro algumas perguntas:

  1. Estou convicto de que não só devo esperar a volta do Senhor, mas também apressá-la?
  2. Desejo eu realmente que Jesus volte logo?
  3. Que tipo de pessoa tenho sido diante dessa realidade: a volta do Senhor em glória e majestade?
  4. A minha fé está em consonância com as minhas obras?

f) Era uma escolinha Adventista lá bem distante, no interior do estado. Aquele ano, as professoras novas que assumiram a escola, prometeram aos alunos que, no dia 25 de dezembro, que cairia num domingo, eles fariam uma festa o dia todo. Na parte da manhã, todos participariam de um passeio num parque municipal com muitos animais e pássaros. O almoço seria na escola, com muitas coisas gostosas, ganhas das confeitarias e empórios daquela cidade. Na parte da tarde, depois de descansarem, assistiriam a um grande filme sobre aventuras na África. Missionários em ação entre homens e animais selvagens, onde aparecia a antiga ilha dos canibais, "pessoas selvagens que devoram, assadas, umas às outras", disseram às professoras.

À noite, a festa continuaria com uma grande programação, a hora social, com excelentes e novas brincadeiras. Depois um filme seria apresentado sobre a vida de Jesus. Tudo seria gratuitamente. Finalizando a programação, um grande jantar, com presentes para todos.

Era o mês de agosto ainda e tudo aconteceria em 25 de dezembro, mas as professoras exigiam limpeza entre os alunos, que fossem obedientes e estudiosos. No final de novembro, a professora recebeu a visita do Pastor Distrital que apresentou um bonito culto aos alunos, com cânticos que eles todos decoraram, histórias da Bíblia, e falou também sobre a Volta de Jesus... Tudo estava bonito ali.

Asseio, obediência, e nos estudos marchavam excelentemente. Realmente aqueles meninos e meninas interioranos estavam empenhados em ganhar no final do ano a grande programação.

Terminando a sua preleção sobre a Volta de Jesus, o pastor arriscou fazer uma pergunta para saber do interesse daqueles jovenzinhos. Quantos gostariam que Jesus voltasse no dia 20 de Dezembro? Todo mundo ficou mudo e olhando para o pregador. Imaginando que eles não tivessem entendido a pergunta, o servo de Deus falou sobre as alegrias da Volta de Jesus, a ressurreição e a coroa da vida eterna, e voltou a perguntar se gostariam que Jesus voltasse no dia 20 de dezembro daquele ano. O pastor, um tanto frustrado, olhou para a professora que naquele instante esboçava um sorriso. Olhando mais uma vez para os alunos, percebeu que um deles havia levantado o braço direito.

"Muito bem", disse o pastor, agora mais feliz. "Pelo menos um de vocês gostaria que Jesus voltasse no dia 20 de Dezembro! Você quer falar?", perguntou a pastor, que conhecia bem o Julinho. "Sr. Pastor, a data que o senhor marcou é difícil para nós." "Por quê?", indagou o pregador. "Se fosse possível o senhor marcar para o dia 26 de Dezembro já daria para todos nós.

"O que está acontecendo?", perguntou o servo de Deus. Todos responderam numa só voz: "A festa, a grande festa do dia 25 de dezembro. Pastor, marque para o dia 26, diziam todos." "Está bem, diz o obreiro de Deus. Quantos gostariam que Jesus voltasse no dia 26?" Todos levantaram as mãos, exceto uma garotinha.

"E você, Taninha, não quer que Jesus volte?" "Sim, mas só se for no dia 30 de dezembro, porque no dia 26 eu estarei viajando com a minha mãe e só volto no dia 29." "É verdade, responderam os outros garotos. Nós temos outras coisas para fazer na festa de ano. Um deles acrescentou: Vamos marcar a volta de Jesus, Sr. pastor, só para o ano que vem."

g) Eu gostaria, a esta altura de repetir o conselho de Pedro: "Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade."

Ainda acrescento: Você está realmente solicitando a Jesus que volte pelo seu testemunho, trabalho, fé e amor cristão?

h) Quando Isaías disse: "Poucos homens restarão" estava fazendo um sério aviso, pois certamente nesse final de mundo, todos estão envolvidos com tudo, em toda parte por todos os mais variados motivos, adiando, assim, o soluço da Terra. O clamor das multidões, os sofrimentos de milhões de enfermos, acometidos das mais graves doenças de centenas de milhares de deprimidos do corpo, da mente e do espírito.

i) Nós, na entanto, deveríamos estar alertas e orando: "Ora vem, Senhor Jesus."